Conheci, há uns anos, um
contador de histórias que era eu próprio. Por vezes, um corpo com uma criança
lá dentro pedia-me para contar a história dos três porquinhos e do lobo mau.
Depois de três anos, oito meses, dez dias e algumas horas cansei-me de tanta
repetição. Agarrei nos meus dotes digitais e em poucas semanas tinha treze histórias
bem contadas em qualquer aparelhagem. Depois o vício do sorrir infantil
cravou-se em mim e propus-me repetir a extravagância. Desde então, procurei
manter esta parte, este canto pueril que se encurta por falta de espaço adulto
no meu coração.
Heleno Pinhal
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