andei leve pela prosa
aos tombos com a poesia
fiz gavetas cor-de-rosa
móveis sem hipocrisia.
e nesse espaço secreto
desperto, bem-humorado
o meu puro intelecto
salta certo desvairado.
já em casa vim à rua
sem sol, ainda alvorada,
animado pela lua
andei de alma iluminada.
dois, três dias internado
na secretária cabana
um corpo de água enfiado
num copo de carne humana.
libertei-me para os montes
para escrever sobre a Serra
vi gigantes horizontes
todos loucos mas sem guerra.
anda, tenta se quiseres
manter a cabeça sã
água-benta sem prazeres
vestimenta pra amanhã.
branco e escuro com que escrevo
neste papel cria dor
neve e sol onde vos meto?
leve frol onda de amor.
Sem comentários:
Enviar um comentário