Autorizo o escorrer das
lágrimas no insulamento. Recito
o que me quer soltar do peito, mas não para dentro porque assim rebento,
lanço-o para fora aliviando o peso que alenta a respiração.
Estou insano, a fatalidade de escrever
afoga o meu viver, no entanto, algo continua a gritar dentro de mim:
- Ainda não fizeste tudo.
Não basta. Isto não é nada. Não vais suportar. O teu vaso depressa enche e
dar-se-á o nascer das trevas ou a entrada no paraíso.
Vá, continua às voltas
que hás de cá voltar!
Sem comentários:
Enviar um comentário