Umas borbulhas,
emaranhadas na minha voz pouco nítida, saltam em uníssono pela boca do nariz
deste corpo sebento de tanta elocução. Isto vai e vem, ao sabor dos meus
pensamentos que desaparecem quando os olho. Se não lhes presto atenção estiolam
competentemente e refrescam a minha boca, mas se me exaltam em demasia, olho-os
como outro e destaco uma procissão para o adro que sou eu, numa afirmação
crente nestas ideologias de raciocínio.
As borbulhas vão e vêm,
num sentir desmesurado, neste resto de dia em que me encontro acordado.
Tanta coisa num só dia. Tantas
semirretas multiformes, tanto requeijão mal servido, tanta mola deslaçada que
tudo endeusa esta noite que agora finda como qualquer outra menos ríspida.
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