Um, dois. Um, dois, três.
Maestro toque mais alto para eu não ouvir o malfadado.
Numa correria percetível
homens simples ou letrados invadem territórios hostis. Com espingardas novas e
antigas, umas de pólvora outras com silenciadores avançados, chegam de carro, a
pé e por vezes às costas uns dos outros. Caras cobertas por pinturas de guerra
aproximam-se com cautela resguardando emoções pestilentas pela sede do tempo e
da má alimentação.
Não importa o motivo
deste séquito. Não culpabilizo o leitor por estas parcas palavras queimarem os
seus dedos frágeis, mas censuro com força e sem estorvo o autor, por ter o
promíscuo pensamento e a posterior ação de elaborar esta quinquilharia
literária. Um prostíbulo de
pensamentos e emoções que clareia o refúgio dos segredos que sempre disfarçamos
em nós.
É favor suavizar a
velocidade. Este livro, ao ser lido, gera uma tal controvérsia interior que
contraria os bons velhos tempos.
Lembram-se das cabecinhas
de há vinte, trinta ou quarenta anos? Isso é que eram tempos! Agora, temos uma
vida melhor que o maior milionário do pretérito século e continuamos a
enaltecer o passado e a denegrir o futuro porque não o compreendemos.
Queimem estas
dissertações emanadas de racionalismos asseverados,
antes da entrada do arrependimento, ou então leiam tudo, com os olhos bem
fechados para não repararem no vosso lúcido interesse em estranhos devaneios
que sempre serviram para igualar o homem.
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