Nas manhãs que desperto empoeirado
experimento um ruborizar bugalhudo que mexe viscosamente entre o umbigo e a
nuca consciente. Tudo é enevoado e não há gosto que me tire da soturnidade. O
processamento mental delineia este azedo matinal. Enrodilho a cabeça nos
lençóis e teatralizo a sensação. Os motivos deste cenário encontram-se
protegidos pelo inconsciente, de pouco vale impor ordem no sentir presente, a
lógica existe para as coisas, para os bichos e para entreter a mente.
2006, Janeiro, 19, 15:08:47 h, Parque do
Rossio, Aveiro
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